opinião

Previsões e prognósticos: como será 2018?



Nesta última quinta-feira do ano de 2017, usando e abusando da presunção, me permito um exercício de futurologia em relação ao nosso futuro. Não, não quero posar de vidente, cartomante ou mesmo adivinho. Apenas busco antever algumas situações futuras com base em experiências do passado.

Meu primeiro palpite é de que, em 2018, por aqui, o dinheiro voltará a circular. Michel Temer e José Ivo Sartori protagonizam dois dos governos mais impopulares da história recente do país, mas isso não significa que estão mortos. Ambos ainda têm pretensões políticas e, obviamente, não se entregarão sem espernear no último ano de governo. Ademais, historicamente, os governos de todos os níveis costumam ser mais generosos, às vezes até perdulários em ano de eleição. Jorge Pozzobom, inteligente como sabemos que é, se aproveitará dessa bonança financeira e investirá naquilo que hoje é seu calcanhar de Aquiles. O sistema viário de Santa Maria. Santa Maria mudará muito em 2018.

A crise econômica sairá da pauta da imprensa ou, pelo menos, as manchetes catastrofistas ganharão uma pausa. O discurso de terra arrasada que serviu de pretexto para a deposição de uma presidente, para a aprovação da PEC do Teto de Gastos e para a implementação da reforma trabalhista, não terá mais lugar em 2018. Aliás, pelo contrário, em 2018 veremos notícias alentadoras, dando a entender que as reformas de 2017 estão funcionando.

O cenário será de otimismo, mesmo que os números do PIB, déficit fiscal, desemprego e desigualdade social continuem iguais ou piores que nos anos anteriores. Se o Brasil ganhar a Copa, mais ainda. A propósito, não subestimem a importância de uma Copa do Mundo para a autoestima nacional.

A reforma da Previdência passa, talvez não da maneira como posta, mas passa pelo mesmo motivo mencionado acima. O crescente investimento estrangeiro no Brasil (principalmente de bancos interessados em fundos de previdência privada) ajudará na aprovação da reforma. Aliás, vejo o período pós-eleições como o mais propício para isso.

As eleições 2018 são ainda uma incógnita, mas arrisco alguns palpites: Acho que a faixa de presidente da República caberá a um político bastante conhecido. Não acho que um neófito ou aventureiro tenha chance de alcançar o cargo. No Congresso, imagino uma renovação significativa de nomes, mas não de práticas. Chuto em 60% o índice de renovação do Legislativo, todos, no entanto, comandados pelos mesmos caciques de sempre.

No Rio Grande, o Plano de Recuperação Fiscal será aprovado e as dívidas com a União empurradas para a frente. Também ficará para o próximo governador nomear o monte de candidatos aprovados nos concursos para a segurança pública em 2017, já que nem um terço das vagas abertas será preenchido em 2018.

Bom, essas são minhas previsões. Aposto um pastel e um refri em tudo o que falei. Guardem esse artigo e me cobrem no fim do ano que vem, caso tenha errado em algum apontamento.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Mais amor! Menos plástico! Anterior

Mais amor! Menos plástico!

O que esperar de 2018 Próximo

O que esperar de 2018

Colunistas do Impresso